14.3.11

Queda!

Sempre ocultei, mascarei, botei panos quentes onde doía. Porém de repente notei que as lágrimas caíram quando eu mais precisei esconde-la. Acredite, ninguém notou! Um murro se desmoronava e ninguém viu, ninguém me acudiu. Cai sozinha, mais uma vez! Não encontrei uma mão amiga, um ombro, um sorriso, um "estou aqui com você". Simplesmente cai. Estabaquei-me ao chão...
Não doeu, nem machucou!
Tive preguiça de me reerguer. Na verdade, não foi preguiça, foi medo.
Medo de cair novamente...
Medo da possível dor da queda.
Medo de encontrar hematomas.

Fiquei no chão, por tempo suficiente para descobrir a magnitude da vida... Na queda, encontrei pequenas flores de beleza incomparável, que pareciam me sorrir...
Ali, pequenas e imponentes.
Frágeis e fortes...
Delicadas e guerreiras...
Um exemplo de vida. Como ainda tem forças para sobreviver as fortes pisadas humanas, sem ao menos poder fugir?...
E como tem coragem de renascer?
Não sei... Só sei que, tomei-as como exemplo e levantei-me, pronta pra renascer (quantas vezes for preciso)...


(Juh Meireles)


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